A DIVISÃO DO REINO DE ISRAEL
A história da divisão do Reino de Israel. No ano de 931 a.C, depois da morte do grande sábio (chacham – hb), o Reino de Israel se dividiu em Norte (que passou a se chamar Reino de Israel) e Reino Sul (que passou a se chamar Reino de Judá). A mão do Deus poderoso que mantinha e conduzia o reino unido de Israel desapareceu. O Reino do Norte chamado Reino de Israel assumiu Jeroboão filho de Nabat (conforme Biblia de Jerusalém em Rs 15,1) tendo como capital Samaria.
Este Reino do Norte continha a maioria das tribos de Israel, 10 tribos, e também a maior população. Jeroboão para impedir a ida ao Templo em Jerusalém, mandou construir dois Templos, um em Dã, e outro em Betel.
O Reino do Sul chamado Reino de Judá ficou como outro filho de Salomão Roboão tendo capital Jerusalém. Para o Sul permaneceram as tribos em torno a Jerusalém, Tribo de Benjamin e Judá. Habitam a região montanhosa, árida e seca, menos propensa a agricultura, mas protegida dos invasores do Norte e Sul.
PORQUE OS REINOS SE DIVIDIRAM
Salomão foi um rei de obras grandiosas, gerando também grandes despesas. Para pagamento destas despesas o povo teve de arcar com mais impostos.
Após a morte do rei o povo se dirigiu ao sucessor Roboão pedindo a redução dos pesados encargos colocados sobre eles. Roboão seguindo o conselho de seus amigos jovens disse que em seu reino o jugo seria mais pesado que o de seu pai.
Após essa decisão de Roboão o povo se negou a continuar sendo governado por ele. Levantaram como rei de Israel, Jeroboão, ficando sob as ordens de Roboão apenas a tribo de Judá e Benjamim (1 Re 12). Sendo assim o reino de Israel ficou dividido, formando Judá e Benjamim o reino do Sul e o restante das dez tribos o reino do Norte.
O Reino do Norte (Israel) era menos estável politicamente que o Reino do Sul (Judá), sua duração mais curta como nação independente (209 anos) e a violência ligada à sucessão ao trono comprovam esse fato.
O historiador de Reis considerou “maus” todos os dezenove governantes de Israel, porque perpetuaram o culto ao “bezerro de ouro” de Jeroboão. A média de duração do reinado de um monarca israelita era de apenas dez anos, e nove famílias diferentes reivindicaram o trono.
Para chegar ao trono, o carisma era tão útil quanto a ascendência, mas não era garantia de preservação; sete reis foram assassinados, um cometeu suicídio, um foi ferido por Deus e outro foi deposto e levado para Assíria.
O REINO DO SUL (QUAIS SÃO OS REINOS DO SUL)
O Reino de Judá limitava-se ao Norte com o Reino de Israel, a Oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao Sul com o Deserto do Neguebe, e a Leste com o Rio Jordão e o Mar Morto e o Reino de Moabe. Era uma região montanhosa, fértil, relativamente protegida de invasões estrangeiras (o território da Tribo de Judá manteve-se basicamente o mesmo durante os mais de 300 anos de sua existência).
Sua capital era Jerusalém, onde encontrava-se o Templo do Deus de Israel mandado construir pelo rei Salomão para abrigar a Arca da Aliança.
O Reino do Sul (Reino de Judá), cuja capital era Jerusalém, sobreviveu ainda por cerca de 200 anos, quando em 587 a capital foi destruída e os moradores levados para o exílio em Babilônia. Segundo a Bíblia, quando esses deportados voltaram do exílio e tentavam reconstruir o templo, os Samaritanos queriam frear a construção. Também teriam se aliado contra os judeus na época de Antíoco IV.
O Reino de Judá entrou em conflitos com os reinos de Moabe, Amom e os filisteus. Entretanto, o principal adversário político e militar do Reino de Judá foi o Reino de Israel. Inúmeras vezes travaram-se batalhas entre as dois reinos, com vitórias pouco significativas para cada lado. Israel tornou-se fortemente influenciado pela cultura cananéia e pela religião fenícia, enquanto Reino de Judá permaneceu, de maneira geral, fiel à sua fé em YHVH, o Deus dos patriarcas hebreus.
O culto a YHVH (Deus) e a preservação da linhagem real davídica do qual deveria vir o prometido Messias, de acordo com os profetas do Velho Testamento, é a justificativa para a misericórdia de Deus sobre o Reino do Sul, ao passo que o politeísmo de Israel teria sido responsável por sua ira sobre seus governantes.
O Reino de Judá viu o perigo das potências estrangeiras emergentes quando a capital de Israel, Samaria foi tomada pelo rei assírio Sargão, em 722 a.C.. Mais tarde, o Rei Senaqueribe invade o Reino de Judá e sitia Jerusalém, mas sem a conquistar. Segundo a Bíblia, o seu exército foi “subitamente destruído por obra de Deus“.
O Reino do Sul persistiu por mais de um século e meio depois da destruição de Israel (cerca de 345 anos).
Ao contrário de Israel, os reinados dos dezenove reis e uma rainha em Judá, tiveram duração média de mais de dezessete anos.
A dinastia de Davi foi a única a reivindicar o trono do Sul, realçando a estabilidade política. O reinado terrível da rainha Atália foi a única interrupção da sucessão davídica. No entanto em Judá também ocorreram intrigas políticas, pois cinco reis foram assassinados, dois foram feridos por Deus e três foram exilados. O historiador de Reis relatou que oito monarcas de Judá foram “bons” porque seguiram o exemplo de Davi e obedeceram a Deus.
Foram eles:
Asa;
Josafá;
Joás;
Amazias;
Uzias;
Jotão;
Ezequias;
Josias.
Os reis Ezequias e Josias são idealizados como personagens semelhantes a Davi e Salomão porque purificaram o templo e restauraram a adoração adequada em Jerusalém.
Pesquisa - Max Magno Sunders
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