Budismo tibetano
O budismo tibetano, também chamado de budismo vajrayana ou lamaísmo[3], emprega práticas de meditação na forma de elaborados rituais, com leitura de Sadhanas (textos litúrgicos), visualizações e instrumentos musicais. Possui uma forte tradição nas artes, com elaboradas pinturas e esculturas, e também em ordens monásticas, com ênfase no relacionamento entre alunos e lamas. Pertence a uma vertente do budismo chamada mahayana, mais precisamente, a vertente Vajrayana (tantrismo ou "Veículo do Diamante"), e apesar de não se organizar como uma instituição, tem sua representação maior na figura do Dalai Lama. As principais escolas são Nyingma, Kagyu, Gelug (escola de que faz parte o Dalai Lama) e Sakya.
O termo "lamaísmo" provém do tibetano Lama, que significa "mestre" ou "superior", e que designa, geralmente, os monges tibetanos, em especial os hierarquicamente superiores. Esta denominação foi dada ao budismo tibetano pelos estudiosos europeus, principalmente, que se utilizaram deste termo para distingui-lo do budismo indiano e permitir que fosse dada ênfase ao seu caráter místico. Segundo alguns outros autores, contudo, tal emprego da palavra é impróprio, pois tem a intenção de estabelecer distinções entre as duas correntes que, na verdade, não existem.
O Lamaísmo apresenta um duplo aspecto, assim como a maior parte das religiões orientais: o doutrinal e o popular.
A doutrina "lamaica", que se distingue da tradição Teravada (também chamada de "Doutrina dos Anciões"), tem como base filosófica a manutenção e o desenvolvimento da tradição do Mahayana (Mahayana, "grande veículo") que não tem um caráter de pura magia.
Entretanto, o culto popular, em função da influência da religião Bön, mais antiga e nativa, apresenta várias divindades e uma conotação acentuadamente mágica.
Essa doutrina, em síntese, é bem menos conhecida que suas manifestações populares. Em razão disso, alguns estudiosos erroneamente exageram em seu aspecto mágico, estendendo-o também à prática monástica.
Magno Moreira
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