Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal da resistência à ditadura
Cardeal da resistência, da periferia, do povo da rua, dos operários, dos direitos humanos ou, simplesmente, o cardeal da esperança.
-Assim era descrito dom Paulo Evaristo Arns.
-Ele viveu até os 95 anos, morrendo em dezembro de 2016.
Poucos homens tiveram a coragem de se manifestar de maneira contrária a prática da tortura no período da ditadura militar no Brasil, mas um homem não teve medo, ele era ''Dom Frei Paulo Evaristo Arns'' O.F.M. (Forquilhinha, 14 de setembro de 1921 — São Paulo, 14 de dezembro de 2016) foi um frade franciscano, cardeal e escritor brasileiro.
Poucos homens tiveram a coragem de se manifestar de maneira contrária a prática da tortura no período da ditadura militar no Brasil, mas um homem não teve medo, ele era ''Dom Frei Paulo Evaristo Arns'' O.F.M. (Forquilhinha, 14 de setembro de 1921 — São Paulo, 14 de dezembro de 2016) foi um frade franciscano, cardeal e escritor brasileiro.
- Foi o quinto arcebispo de São Paulo, tendo sido o terceiro prelado dessa Arquidiocese a receber o título de cardeal. Era arcebispo-emérito de São Paulo e protopresbítero do Colégio Cardinalício. Sua atuação pastoral foi voltada aos habitantes da periferia, aos trabalhadores, à formação de comunidades eclesiais de base nos bairros, principalmente os mais pobres, e à defesa e promoção dos direitos da pessoa humana. Ficou conhecido como o Cardeal dos Direitos Humanos, principalmente por ter sido o fundador e líder da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, e sua atividade política era claramente vinculada à sua fé religiosa.
-Segundo ele:
"Jesus não foi indiferente nem estranho ao problema da dignidade e dos direitos da pessoa humana, nem às necessidades dos mais fracos, dos mais necessitados e das vítimas da injustiça. Em todos os momentos Ele revelou uma solidariedade real com os mais pobres e miseráveis (Mt 11, 28-30); lutou contra a injustiça, a hipocrisia, os abusos do poder, a avidez de ganho dos ricos, indiferentes aos sofrimentos dos pobres, apelando fortemente para a prestação de contas final, quando voltará na glória para julgar os vivos e os mortos."
Enquanto bispo-auxiliar, trabalhou na Zona Norte paulistana, no bairro de Santana. Durante a ditadura militar, na década de 1970, notabilizou-se na luta pelo fim das torturas e restabelecimento da democracia no país, junto com o rabino Henry Sobel, criando uma ponte entre a comunidade judaica e a Igreja Católica em solo paulista.
UOL
PESQUISA: MAGNO MOREIRA
Comentários
Postar um comentário