Paganismo: Adoção do Cristianismo em Roma ocorreu graças a um pagão

-A Igreja Católica é considerada uma das maiores instituições religiosas e políticas da humanidade, desde o seu surgimento na civilização romana até os dias atuais. 

 

A religião cristã, formada pela filosofia cristã, constituída por ensinamentos (amor, compaixão, fraternidade...) provenientes das ideias de Jesus Cristo, fundador e considerado o maior apóstolo do cristianismo, surgiu e ficou conhecida no mundo antigo (Antiguidade). 

 Após a perseguição e morte de Jesus Cristo, Pedro foi o principal apóstolo responsável por difundir o cristianismo. Posteriormente, durante o auge da civilização romana, o apóstolo Paulo teve fundamental importância para a expansão do cristianismo e da filosofia cristã. 

-A partir da influência de Paulo, a religião desenvolveu-se inicialmente de forma incipiente entre os romanos, pois os cultos cristãos eram proibidos em Roma e, nessa época, a grande maioria da população romana era pagã. Durante o governo do imperador romano Nero, os cristãos sofreram uma das maiores perseguições em Roma: foram torturados, empalados e hostilizados nas arenas durante espetáculos públicos. 

-No ano de 313, o imperador Constantino deu liberdade de culto aos cristãos e, a partir de então, o cristianismo passou a agregar novos adeptos em Roma, tornando-se a religião oficial do Império Romano em 390, ato instituído por Teodósio. 

 O imperador Constantino, para evitar a crise e a decadência do Império Romano, dividiu-o em duas partes: a ocidental, com a capital em Roma, representava o Império Romano do Ocidente; e a parte oriental, com a capital em Constantinopla (capital da civilização bizantina), representava o Império Romano do Oriente. 

 Com o decorrer dos séculos, criaram-se grandes diferenças entre a Igreja bizantina e a Igreja romana, culminando, no ano de 1054, no primeiro Cisma do Oriente. As principais consequências desse cisma ocorreram por divergências políticas entre os romanos e bizantinos. 

-O papa (bispo de Roma) resistiu às insistentes tentativas de domínio do imperador bizantino, ao mesmo tempo em que os bizantinos não aceitavam e não acreditavam na figura do papa como chefe de todos os cristãos. Eles divergiam também em relação ao culto a imagens, às cerimônias, aos dias santificados e quanto aos direitos do clero. Após as invasões dos povos germânicos (bárbaros) e com a crescente crise e decadência do Império Romano, a Igreja Católica aliou-se aos bárbaros, cristianizando-os, dominando e conquistando os vastos territórios ocidentais do Império Romano. 

-As principais alianças se deram com os francos e, posteriormente, com o Império Carolíngio (na figura de seu grande imperador Carlos Magno). Juntamente com a Igreja Católica, propuseram reconstruir a magnitude do Império Romano do Ocidente, o chamado Sacro Império Romano Germânico. 

 Desse modo, adentramos a Idade Média, período que a Igreja Católica se confirmou como uma das maiores instituições religiosas e políticas do mundo ocidental.

- Sendo a grande detentora de propriedades de terra e dominando o campo do saber, as grandes bibliotecas medievais e os estudos filosóficos ocorriam quase sempre nos mosteiros medievais. Nesse período, surgiram os monges copistas (que reproduziam vários exemplares da Bíblia) e o movimento conhecido como Cruzadas.


-Constantino I (272-337) foi o primeiro imperador cristão de Roma. Iniciou a construção de Constantinopla, sobre a antiga cidade de Bizâncio, e em 330 inaugurou a nova capital do Império. Constantino I ou Constantino, o Grande, cujo nome completo era Flávio Valério Aurélio Constantino, nasceu em Naísso (mais tarde Nis), no dia 26 de fevereiro de 272. 

-Filho do oficial grego Constâncio Cloro e de Helena, viveu a maior parte de sua infância e juventude na corte do imperador Diocleciano (284-305), que empreendeu a mais implacável de todas as perseguições contra os cristãos. 

- Para evitar os constantes conflitos por ocasião das sucessões, Diocleciano reorganizou a estrutura de poder que culminou com um governo baseado na tetrarquia, quando o império foi dividido em quatro partes: ele mesmo controlava as províncias Orientais e o Egito, confiou a Maximiano a Itália e a África Proconsular, a Galério entregou as regiões do Danúbio e da Ilíria, e a Constâncio Cloro, pai de Constantino, entregou a Espanha, a Gália e a Bretanha. Imperador Romano Em 305, após a morte de Diocleciano, os imperadores entraram em guerra interna. Nesse mesmo ano, Constantino juntou-se ao pai e participou das campanhas da Bretanha. No dia 25 de julho de 306, após a morte de Constâncio e a abdicação dos outros dois tetrarcas, as legiões a que Constantino comandava aclamaram-no imperador. Em Roma, o título de Constantino não foi reconhecido, pois o sistema não admitia a sucessão hereditária. 

-Em 310, surgiram outros pretendentes ao império: Maximino, seu filho Maxêncio e Licínio. Entretanto, Constantino já havia consolidado seu domínio sobre a Espanha, a Gália e a Bretanha. Em 312, Constantino aliou-se a Licínio e derrotou Maxêncio. Em 313, Maximino foi vencido por Licínio e Constantino dividiu com este o império. 

- Adoção do Cristianismo no Império Romano Até sua vitória sobre Maxêncio, Constantino era um imperador pagão, mas em 312, induzido por uma visão sobrenatural de uma cruz flamejante, encimada pelas palavras “in hoc signo vinci” (sob o signo vencerás), trocou a águia do escudo de seus soldados por um monograma cristão. 

- Em 313, Constantino reconheceu oficialmente o cristianismo como religião pelo edito de Milão, e no mesmo ano, promulgou uma lei que protegia os sacerdotes cristãos contra as injurias dos hereges. Ainda em 313, construiu o “Arco de Constantino”, em Roma, próximo ao Coliseu, para comemorar a vitória na Batalha de Ponte Milvia.

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